Tecnologias fundamentais para obter qualidade em saúde

Tecnologias fundamentais para obter qualidade em saúde

Por Glória Rodrigues | Disponível em: Pixeon

qualidade em saúdeA qualidade em saúde e no cuidado com o paciente sempre foi uma preocupação para a medicina. Até mesmo Hipócrates, pai da medicina, de forma preditiva, evidenciou em seu discurso que os atos assistenciais são passíveis de erro, destacando desde a sua época a prioridade na segurança do atendimento. A questão do Erro Humano no atendimento em saúde tem sido estudada desde o século XIX em diversas partes do mundo, isto porque foi comprovado que esses erros ocasionam várias implicações importantes no atendimento médico, tais como:

  • danos irreversíveis ou até a morte dos pacientes;
  • aumento do tempo de permanência no Hospital;
  • aumento dos custos hospitalares.

Com base em diversos estudos e nos alarmantes resultados apresentados, ao longo do tempo foram criadas estratégias para evitar que esses erros voltassem a ocorrer. Dentre as estratégias desenvolvidas, foram fundadas organizações governamentais e privadas que visam garantir uma maior segurança no atendimento aos pacientes – seja por meio de campanhas mundiais ou pela adesão voluntária dos hospitais aos sistemas de certificação.

Os selos de acreditação, sejam eles nacionais ou internacionais, criaram metodologias que embasam os profissionais na execução de processos de forma padronizada. Assim, todos os colaboradores dentro de uma instituição devem agir da mesma forma, garantindo maior segurança no atendimento prestado. Todas as instituições certificadas ou em fase de certificação devem seguir premissas básicas no que tange às seguintes metas:

  1. Identificar corretamente o paciente;
  2. Melhorar a efetividade da comunicação;
  3. Melhorar a segurança das medicações de alta vigilância;
  4. Garantir cirurgias seguras;
  5. Reduzir o risco de infecções associadas ao cuidado em saúde;
  6. Reduzir o risco de lesões decorrentes de quedas.

Estas metas foram instituídas em 2013 no Brasil pelo Ministério da Saúde, com a criação do Programa Nacional de Segurança do Paciente, que define os objetivos dos Protocolos de Segurança do Paciente para melhorar o atendimento nos seguintes quesitos:

  • Infecções relacionadas à assistência à saúde;
  • Procedimentos cirúrgicos e de anestesiologia;
  • Prescrição, transcrição, dispensação e administração de medicamentos, sangue e hemoderivados;
  • Processos de identificação de pacientes;
  • Comunicação no ambiente dos serviços de saúde;
  • Prevenção de quedas;
  • Úlceras por pressão;
  • Transferência de pacientes entre pontos de cuidado;
  • Uso seguro de equipamentos e materiais.

Uma das tecnologias que mais auxiliam na manutenção de protocolos assistenciais padronizados é o uso do Prontuário Eletrônico – PEP. Esse sistema é atualizado em tempo real e permite que não haja ilegibilidade dos dados registrados. A ferramenta melhora a identificação dos pacientes por meio de sistemas integrados, tal como o aplicativo Beira Leito. Outra vantagem é o aperfeiçoamento da administração dos medicamentos, bem como a possibilidade da inclusão de informações sobre os pacientes simultaneamente e de forma totalmente segura.

A importância da tecnologia nos serviços de saúde

A tecnologia nos atendimentos em saúde tem como objetivo a manutenção dos padrões estabelecidos, seguindo as premissas e protocolos das instituições regulamentadoras ou certificadoras. Com um sistema de gestão informatizado é possível manter a mesma metodologia para todas as áreas. Isso garante uma melhor identificação do paciente e o acompanhamento do seu quadro clínico ao longo de sua permanência no hospital.

Essas ferramentas possibilitam ainda que haja uma otimização dos processos da administração da farmácia hospitalar e uma padronização dos medicamentos, a partir das seguintes premissas: nome de identificação do paciente correto, da medicação e via correta, da dose e horário certos – tal como podemos evidenciar com o uso do App Beira Leito da Pixeon.

Além de proporcionar a diferenciação dos fármacos que tenham nomes similares, a utilização de ferramentas permite evidenciar os medicamentos que têm orientações específicas de armazenamento e descarte. Um exemplo, é a indicação dos remédios que são de alta vigilância, para que sejam aplicados de forma correta. Além de possibilitar o acesso às informações sobre a sua composição, os efeitos colaterais podem ser obtidos e compreendidos facilmente por meio dos sistemas digitais.

Com as ferramentas eletrônicas é possível efetuar o intercâmbio de informações entre todos os estágios do tratamento – independente da área que o paciente esteja internado no Hospital – possibilitando a gestão e otimização das demandas dos leitos conforme suas liberações. O sistema permite que a comunicação entre todas as áreas do hospital seja feita em tempo real, otimizando fluxos e melhorando a resolutividade do quadro do paciente, bem como abreviando o tempo de permanência no hospital.

O uso de tecnologias de ponta podem mitigar uma série de riscos durante os seus tratamentos de saúde, especialmente em casos onde o paciente deve ser submetido a procedimentos cirúrgicos. Para evitar danos irreversíveis é fundamental seguir as recomendações nacionais e internacionais no que se refere aos processos do início ao término do procedimento cirúrgico.

Quais avanços tecnológicos podem melhorar a qualidade em saúde?

O sistema de informações hospitalares, também conhecido como HIS, é uma ferramenta digital poderosa para profissionais da área de saúde. O HIS conta com diversos módulos que podem proporcionar todas as informações e ferramentas necessárias para o tratamento. Confira alguns recursos essenciais:

  • Sistemas eletrônicos de comunicação: a comunicação entre os profissionais e pacientes é fundamental em todas as etapas do atendimento. É possível utilizar painéis conectados aos Sistemas de Gestão Hospitalar que podem ser atualizados em tempo real com informações relevantes. Esse recurso aumenta a visibilidade dos dados por todos os profissionais da equipe médica, evitando equívocos no tratamento dos pacientes;
  • Controle de acesso aos dados: outra importante parte do uso de sistemas é o controle de acesso aos medicamentos e informações, ou seja, cada profissional terá acesso apenas àquelas atividades que lhe competem e às demais informações que fizerem parte dos padrões do Hospital. Este acesso é garantido por logins individuais, que não devem ser compartilhados ou utilizados em áreas que não forem da competência destes profissionais, garantindo maior segurança ao paciente;
  • Sistema de Gestão Hospitalar Integrado: contar com um sistema integrado em todos os aspectos da gestão hospitalar pode representar a diferença entre o uso inteligente de recursos humanos e financeiros. Com o HIS é possível obter melhores resultados na coordenação de equipes, estoques e comunicação entre médicos para tratar o paciente e aumentar a qualidade em saúde, além de otimizar as questões de cobrança e vínculos à conta dos pacientes, garantindo maior receita ao hospital.

Como medir de forma objetiva a qualidade em saúde?

Como mencionado anteriormente, para auxiliar na medição da qualidade de atendimento e garantir o devido reconhecimento às instituições de saúde que seguem padrões nacionais e internacionais de segurança, foram criadas certificações específicas para a área da saúde. Algumas certificações como a ONA, JC, Canadense, QMENTUM comprovam que um hospital preza pela qualidade em saúde.

implementação de metodologias de barreira, isto é, de mecanismos e recursos que visam evitar erros, junto às rigorosas exigências das certificações são vitais para garantir que o ambiente hospitalar se mantenha livre dos riscos para os pacientes. Seguir todas essas recomendações é um método comprovado para aumentar a segurança e a qualidade em saúde tanto em hospitais públicos quanto particulares, para os pacientes e os profissionais que atuam nessas instituições.

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