Tecnologia na saúde: como otimizar processos com ferramentas digitais

Tecnologia na saúde: como otimizar processos com ferramentas digitais

O cenário da saúde no Brasil é extremamente desafiador. Com a crise econômica e o desemprego registrado nos últimos anos, mais de 3 milhões de pessoas perderam o acesso aos planos de saúde privados. Ainda assim, de acordo com a sexta edição do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, publicado em julho de 2018, o número de procedimentos realizados por planos de saúde teve um aumento de 3,5% em 2017 em relação ao ano anterior. O crescimento, ainda tímido, aponta para a necessidade de investimento em tecnologia na saúde para otimização de recursos e qualificação no atendimento.

Um dos grandes problemas nas instituições de saúde em todo o mundo é a ocorrência de erros médicos. O 2º Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar, publicado pelo Instituto de Pesquisa FELUMA (Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais) e pelo IESS (Instituto de Estudos de Saúde Complementar), indica que a cada hora, seis pessoas morrem por “eventos adversos”, ou seja, erros médicos, infecções ou falhas de assistência, em organizações públicas e privadas no Brasil.

Entre os eventos adversos registrados estão:

– complicações cirúrgicas;

– erros na prescrição de medicamentos;

– infecções, doenças pulmonares e outros.

De acordo com a reportagem publicada pela Revista Galileu, das 54.769 mortes registradas por eventos adversos, 36.174 poderiam ter sido evitadas em 2017. O estudo levou em consideração uma amostra de 445.671 pessoas na rede pública e privada.

Tais dados podem afetar a imagem das organizações e comprometer o atendimento dos pacientes. Por esse motivo, é fundamental investir em soluções que aumentem a segurança dos procedimentos médicos e ainda possam aperfeiçoar a gestão das instituições de saúde.

Outros desafios da saúde no Brasil

Atrelado aos erros médicos, outro grande problema no segmento é a gestão financeira. Estima-se que o custo com a ocorrência dos eventos adversos em instituições de saúde em 2017 foi de R$ 10,6 bilhões, apenas na rede privada. Os dados são do Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar. Contudo, as perdas financeiras em unidades médicas podem ser ainda maiores, sem gestão e o controle adequado de dados.

Por ano, bilhões de reais são desperdiçados nas organizações de saúde pelo vencimento de remédios. O uso da tecnologia na saúde pode evitar problemas desse tipo. Com softwares de gestão de compras hospitalares, por exemplo, há redução de desperdícios e de gastos com o acúmulo e vencimento de estoque. A mesma solução permite gerar relatórios e analisar diferentes dados para aprimorar a gestão financeira.

Outro grande desafio da saúde para os próximos anos é o envelhecimento da população. Até 2060, a estimativa é que 25% dos brasileiros possuam mais de 65 anos, de acordo com o IBGE. Com isso, os serviços públicos e privados devem buscar urgentemente meios de otimizar seus recursos e aprimorar os procedimentos médicos para atender a esse público crescente.

Tecnologia na saúde e conceitos para transformar o setor

Para superar os desafios apresentados anteriormente, manter a qualidade do atendimento, reduzir gastos e ampliar a eficiência dos procedimento médicos, é fundamental que os gestores invistam em soluções de tecnologia na saúde e apliquem alguns conceitos na realização dos serviços, tais como:  

  • Workflow eficiente: o termo se refere aos fluxos de trabalho e a maneira que podem ser automatizados com o uso de tecnologias específicas. Nos hospitais, um workflow adequado aperfeiçoa o atendimento dos pacientes e garante mais eficiência dos processos internos.
  • Interoperabilidade: o conceito de interoperabilidade se refere a integração de diferentes ferramentas em um único software eletrônico. Esse fator aumenta a produtividade dos colaboradores e permite cruzar informações para análises técnicas, e ainda, evitar erros.
  • Cloud Computing: os sistemas de armazenamento de documentos e arquivos digitais em nuvem geram maior agilidade, segurança e redução de custos às instituições de saúde. Mais do que uma inovação, a cloud computing hoje é extremamente necessária para clínicas, hospitais e laboratórios.
  • Big Data: trata-se de um sistema de análise de dados complexos gerados pelas instituições de saúde, a partir de diferentes ferramentas e tecnologias como Inteligência Artificial ou Analytics. Em uma etapa complementar, o Big Data e o Business Intelligence são aplicados na definição de estratégias para gestão organizacional.

A adoção de tais conceitos e tecnologias na saúde podem transformar o setor, tornando o atendimento aos pacientes mais eficiente, humano, e aprimorando a gestão de recursos públicos e privados.

Texto Por: Roberto Ribeiro da Cruz

Fonte: Pixeon 

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